Cooperação internacional em recursos hídricos
- SACRE
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Para o pesquisador do SACRE Vinicius Rogel, a crise hídrica exige cooperação científica internacional
Isabela Batistella

A ciência da água no Brasil está cada vez mais conectada ao mundo. Por meio do programa Sprint da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), o Projeto SACRE fortaleceu sua cooperação com pesquisadores do Japão, em uma parceria que vai além do financiamento e envolve troca de conhecimento, intercâmbio de pesquisadores e análise conjunta de dados.
O Sprint (São Paulo Researchers in International Collaboration) é um programa da Fapesp voltado à internacionalizar a ciência paulista. Ele oferece financiamento inicial para que parcerias sejam formadas e busca consolidar redes de pesquisa globais, ampliando a visibilidade dos pesquisadores.
Para Vinicius Rogel, um dos pesquisadores em intercâmbio no Japão, dar visibilidade a esse tipo de cooperação é fundamental para mostrar que os problemas da água não têm fronteiras. Questões como poluição, escassez e mudanças climáticas exigem abordagens conjuntas entre países. “Quanto maior a cooperação, maior a nossa capacidade de compreender os sistemas ambientais e encontrar soluções”, reflete. “A água é um recurso coletivo, e enfrentá-la como desafio global depende da cooperação científica internacional.”
O grupo envolvido no projeto Sprint reúne especialistas em diferentes áreas, como hidroquímica, geologia e agricultura, do lado japonês; saneamento, florestas, solo e hidrogeologia, do lado brasileiro. Essas diversidade dá corpo ao eixo do SACRE dedicado a compreender como floresta, solo e águas subterrâneas se conectam.
Na prática, a cooperação se traduz em missões de campo, workshops e mobilidade de pesquisadores. Em breve, os brasileiros do SACRE Reginaldo Bertolo e Priscila Ikematsu viajam ao Japão para consolidar a análise dos dados e organizar os artigos científicos que serão frutos dessa colaboração.
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