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Prefeitura de Bauru firma parceria com a USP para estudo de área contaminada

  • Foto do escritor: SACRE
    SACRE
  • 6 de out.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 8 de out.

Acordo de cooperação nasce dos trabalhos desenvolvidos no Projeto SACRE


Isabela Batistella


Aterro Sanitário de Bauru (Fonte: Câmara Municipal de Bauru)
Aterro Sanitário de Bauru (Fonte: Câmara Municipal de Bauru)

A Prefeitura de Bauru, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Bem-estar Animal de Bauru (SEMAB), e o Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGc-USP) firmaram um acordo de cooperação técnica e acadêmica para o desenvolvimento de estudos, avaliações e suporte técnico na área de recursos hídricos e ambientais. Esta parceria é resultado do Projeto SACRE | Soluções Integradas de Água para Cidades Resilientes, uma iniciativa que busca, por meio de pesquisas científicas, desenvolver tecnologias e instrumentos de gestão para ampliar a resiliência hídrica de municípios frente às crescentes estiagens.

O acordo de cooperação permitirá que o Projeto SACRE tenha acesso a dados da cidade para incrementar os seus estudos no município e ter apoio da administração pública em ações. A SEMAB se beneficiará de apoio técnico na contratação de estudos para avaliar os impactos causados pelo aterro sanitário municipal de Bauru, a partir da avaliação do empreendimento, revisão dos estudos existentes e orientação na elaboração de um termo de referência para contratação de investigações para a área. Segundo Ricardo Hirata, coordenador do SACRE, a iniciativa busca enfrentar uma questão ambiental complexa e propor, a partir de avaliação de risco ambiental e humano, as melhores alternativas para o gerenciamento do aterro.

A técnica da SEMAB Larissa Mayumi destaca a importância da parceria. “O aterro sanitário precisa de estudos específicos para atendimento das solicitações do órgão ambiental fiscalizador”, aponta. Essas solicitações visam a investigação da contaminação, projeto de recuperação da área e monitoramento contínuo do local, além da apresentação de relatórios e cumprimento de normas regulamentadoras.

Entre as metas do trabalho estão a revisão de estudos geofísicos e a produção de subsídios técnicos que orientam as decisões do município. Hirata também aponta que há interesse em propor técnicas de fitorremediação para mitigar o problema, uma técnica que utiliza plantas e seus microrganismos associados para a limpeza de ambientes contaminados. “A fitorremediação tem várias vantagens por ser de baixo impacto e potencialmente de custo reduzido”, explica o pesquisador. “Além disso, permite aproveitar uma característica natural para solucionar problemas complexos, como a contaminação de aquíferos e solos”.

Para a prefeitura, os ganhos são práticos. Por meio da cooperação com o SACRE, a prefeitura irá obter o subsídio necessário para aproveitar as melhores soluções para a contaminação referente ao aterro sanitário. “Essa solução traz o cumprimento de obrigações do município com a população, o meio ambiente e o órgão ambiental”, explica Mayumi.

A aplicação de conhecimento científico terá impacto direto na gestão municipal. O apoio do SACRE resultará em um termo de referência para a contratação de serviços que permitam à empresa especializada propor soluções para a contaminação. Segundo Hirata, o SACRE tem estudado a área do aterro, o que permite contribuições técnicas para as decisões da SEMAB.

Além de trazer benefícios para Bauru, a iniciativa pode inspirar outros municípios. Para a técnica da SEMAB, tanto a parceria quanto o empenho do município para o enfrentamento do desafio de gerir uma questão ambiental complexa devem servir de exemplo. Com a cooperação, Bauru dá um passo para transformar um problema ambiental em oportunidade de avanço técnico, proteção à saúde e valorização da ciência.


 
 
 

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