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Gestão adaptativa e cooperação internacional enfrentam crise hídrica

  • Foto do escritor: SACRE
    SACRE
  • 8 de out.
  • 2 min de leitura

Projeto SACRE dinamiza uso da ciência para orientar políticas públicas e prevenir conflitos pela água


Isabela Batistella


Ricardo Hirata durante o ICEES 2025, na África do Sul
Ricardo Hirata durante o ICEES 2025, na África do Sul

O aumento da pressão sobre recursos hídricos exige novas formas de gestão. Para o professor Ricardo Hirata, coordenador do Projeto SACRE | Soluções Integradas de Água para Cidades Resilientes, a saída passa pela cooperação entre países e pela adoção de estratégias de gestão adaptativa, que permitem decisões mesmo diante de incertezas. 

“Uma boa gestão, que evita e minimiza conflitos, depende de conhecimento técnico. A cooperação é essencial, e as desconfianças podem ser superadas com o compartilhamento de conhecimento científico entre instituições que dividem o mesmo corpo de água”, analisa.  A questão é mais crítica para as águas subterrâneas, difíceis de monitorar. O problema foi examinado por Hirata na 3ª International Conference on Earth and Environmental Sciences (ICEES 2025), conferência realizada em Durban, na África do Sul.

O pesquisador ressalta que a busca por informações não deve paralisar a tomada de decisão. A gestão adaptativa garante um ciclo virtuoso: o uso contínuo do recurso gera dados que alimentam o conhecimento científico, que por sua vez melhora a qualidade das decisões. “O próprio gerenciamento fornece insumos para avançarmos na governança da água”, reflete.

Pesquisadores do SACRE durante o ICEES
Pesquisadores do SACRE durante o ICEES

Transformar conhecimento científico em políticas públicas é um desafio diante das mudanças climáticas. “A ciência é imperfeita, mas ainda oferece as melhores soluções para os novos tempos. Se os gestores não incorporarem esse conhecimento, a chance de sucesso na sustentabilidade da sociedade diminui”.

Hirata aponta desigualdade nos impactos das mudanças climáticas, que afetam de forma mais severa os países pobres, menos preparados para enfrentar secas, enchentes e contaminações. “É um problema essencialmente político. Sem diálogo entre ciência, sociedade e governos, não haverá avanço”. 



 
 
 

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